Época de
planejamento de disciplinas novas é sempre cansativa mas bastante produtiva
também. Além disso, por causa da própria criação deste blog tenho exercitado
algumas habilidades na Web que nunca tinha experimentado. Observei que (quase)
tudo que se queira aprender, acessar ou simplesmente matar a curiosidade pode
ser encontrado no “milagroso” site de buscas do Google. Por meio dele, estou
tendo a oportunidade de encontrar materiais os mais diversos sobre educação,
entre eles uma quantidade considerável de revistas destinadas a professores ou
gestores escolares.
Confesso que
costumava a ver essas revistas com maus olhos. Talvez por não conhecê-las com
profundidade ou por até mesmo ter aquele olhar “superior” de quem tem o pé
muito fincado na academia. No entanto, tenho encontrado textos de todos os
tipos, para os mais variados gostos e necessidades e, é claro, com qualidades
diversas.
Os textos
dessas revistas vão desde reportagens de divulgação científica, entrevistas
(com educadores, cientistas de diferentes áreas, políticos e por aí vai),
relatos de experiências docentes ou escolares de sucesso (sob o ponto de vista
daquele que escreve), resenhas de livros até anúncios e divulgação de eventos e
cursos de atualização. Ou seja, uma gama de textos que podem atender às necessidades daqueles que os buscam.
Acredito que o mais importante nesse tipo de relação entre aquele que procura a informação e aquilo que é oferecido não é a qualidade
do que ele acha mas sim o seu discernimento efetivo de perceber se o texto que
ele encontrou atende aos seus interesses e está alinhado às suas concepções de
ensino. Alguém poderia pontuar: “não tem jeito, existem textos que são muito
ruins e deveriam ser impedidos de circularem na Internet”. No entanto, eu acho
que o pior não é a condição “ruim” de um texto (condição subjetiva,
convenhamos) e sim o leitor/professor não ter clareza de seus propósitos
enquanto educador e reproduzir práticas e discursos sem qualquer tipo de
reflexão.
Há problema em
pegar um vídeo ou uma aula pronta ou utilizar um roteiro de um experimento? Em
minha opinião haveria caso o professor simplesmente reproduzisse o vídeo, a aula
ou o experimento de forma mecânica. Às vezes o “puritanismo” da academia impede
o reconhecimento de questões básicas e triviais do dia a dia do professor da
escola básica. Ele tem que dar conta de questões práticas e se tem algum
material que o inspire a inovar em suas aulas, dinamizar seu cotidiano ou
estimular a participação de seus alunos desde
que ele se aproprie de maneira crítica do material, qual é o grande
obstáculo nisso?
Voltando às
revistas, mais especificamente sobre a qualidade de seus textos, notei que a
variedade é mais positiva do que negativa porém
a leitura tem que ser perpassada por um olhar atento sobre aquilo que está
sendo dito e o que pode estar nas “entrelinhas” (os importantes “não ditos”).
Algo que costuma me ajudar nesse sentido é prestar atenção na autoria do texto
e no próprio editorial da revista. No mais, sejamos cautelosos mas
preconceituosos jamais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário