Se há algumas semanas atrás eu senti no discurso de professoras a desilusão e o descontentamento com o magistério - algo que me levou a uma profunda reflexão sobre o meu atuar docente - hoje, dia 17 de junho de 2013, eu tive motivos de sobra para acreditar que há a possibilidade de mudança.
Uma mudança social, em prol da educação transformadora, conscientizadora e crítica.
Já escrevi aqui antes sobre a dispersão e a fragmentação do trabalho do professor que, muitas vezes, dá a falsa impressão que a grande maioria da classe está indo "conforme a onda leva" e que não há resistência, tampouco ações concretas.
As manifestações que vimos hoje pelo país servem para que eu (e tenho certeza que muitos educadores) tenha mais um motivo para lutar por aquilo em que acredito: uma escola pública de qualidade, com professores tendo sua profissão reconhecida social, cultural e economicamente, e com estudantes sendo formados não para o "mundo do trabalho", mas para o "mundo das gentes".
Infelizmente, não pude ser mais uma na multidão de 100.000 pessoas que tomaram as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, porém estou a cada dia imbuída nesta manifestação cotidiana da promoção do exercício da cidadania. Espero estar presente na próxima.
Acredito que a mudança já começou há tempos e ela se concretiza(rá) a cada dia. Dentro de nós mesmos. E em nossa relação com o outro.
Paulo Freire estaria tremendamente sensibilizado com a boniteza que o povo brasileiro expôs ao mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário